Urna Eleitoral usada em 2005 |
A Urna Eletrônica Brasileira é um computador responsável pelo armazenamento de votos durante as eleições. O dispositivo foi desenvolvido no Brasil em 1996 e desde então diversos outros países vêm testando esse e outros equipamentos semelhantes.
Existe muita polêmica sobre o nascimento da urna eletrônica, já que, desde os anos 1980, durante o regime militar, ocorreram no Brasil diversos estudos sobre a realização de eleições informatizadas. Entretanto, a ideia de urnas eletrônicas firmou-se a partir de pesquisas realizadas pela Justiça Eleitoral para tornar mais fácil o processo de votação e apuração nas eleições.
Responsáveis pelo Projeto:
Grupos de engenheiros e pesquisadores ligados ao Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foram os responsáveis pelo projeto da eleição informatizada em grande escala no País. Destacam-se aí o trabalho dos engenheiros Mauro Hashioka (INPE), Paulo Nakaya (INPE) e Oswaldo Catsumi (CTA), dentre outros profissionais, pela concepção da segurança do equipamento.
Desenvolvimento do Aparelho:
A urna eletrônica que automatizou 100% das eleições, no Brasil, foi desenvolvida, por uma empresa brasileira, a OMNITECH Serviços em Tecnologia e Marketing, entre 1995 e 1996, e aperfeiçoada, em 1997, para o modelo que se tornou o padrão brasileiro, até hoje. O TSE Tribunal Superior Eleitoral já comprou mais de 500.000 urnas, através de 6 licitações públicas, de 1996 a 2006, de duas empresas americanas de integração de sistemas, a Unisys Brasil, em 96 e 2002, e a Diebold Procomp, em 98, 2000, 2004 e 2006. Toda a fabricação da urna eletrônica foi realizada, por empresas de fabricação sob encomenda, a TDA Indústria, a Samurai Indústria, a Flextronics Brasil e a FIC Brasil, subcontratadas, pelas integradoras.
Em 1995, o TSE formou uma comissão técnica liderada por pesquisadores do INPE e do CTA, de São José dos Campos, que definiu uma especificação de requisitos funcionais, para a primeira urna eletrônica, chamada então de coletor eletrônico de votos – CEV.
Para projetar, desenvolver e fabricar a urna eletrônica para as eleições de 1996, foi aberta uma licitação com o Edital TSE 002/1995, onde concorreram a IBM, que propôs um projeto baseado em um notebook, a Procomp, que apresentou uma espécie de quiosque de auto atendimento bancário e a Unisys, a vencedora da licitação com um design original que se tornou o padrão utilizado até hoje. A Unisys contratou a licença para comercializar ao TSE a urna eletrônica desenvolvida pela OMNITECH.
Em 1996, foi realizado o depósito do Pedido de Patente de Invenção da Urna Eletrônica no INPI, pelo engenheiro Carlos Rocha da OMNITECH e da Samurai.
Em 1997, surgiu o modelo atual da Urna Eletrônica, modelo UE 2000, um aperfeiçoamento da urna original realizado pela OMNITECH, que o Ministério da Ciência e Tecnologia reconheceu que atende à condição de bem com tecnologia desenvolvida no País, através da Portaria Nº 413, de 27 de outubro 1997.
A implantação do voto eletrônico dificulta algumas das antigas e comuns fraudes externas da votação de papel (como o "voto carneirinho", "voto formiguinha", ou votos de protesto realizados em favor de conhecidos animais como o Macaco Tião e o Rinoceronte Cacareco, etc.).
Aperfeiçoamento:
Terminal usado pelo Mesário |
Os modelos 1996 a 2000 rodavam o sistema operacional VirtuOS. Os modelos 2002, 2004 e 2006 rodavam o sistema operacional Windows CE. A partir de 2008 todos os modelos passaram a utilizar o sistema operacional Linux e foram utilizadas em torno de 450 mil urnas eletrônicas.
O design original da urna eletrônica já passou por diversas revisões e atualizações, mas a versão atual (modelo UE2000) é fabricado pela empresa brasileira FIC Brasil. A parte chutável dos componentes é composta pelo terminal de votação (a urna propriamente dita) e um terminal de atendimento.
O terminal de votação pode fazer qualquer calculadora científica atual se roer de inveja: ele conta com um processador X86, 256 MB de memória RAM, um visor de LCD e interfaces USB, Serial, SmartCard, PS/2 e CompactFlash. Poderoso, não? Já o terminal de atendimento tem um leitor biométrico e um teclado, através do qual o mesário ativa o modo de votação.
Comentário do Grupo:
A criação de uma urna eletrônica totalmente segura pode ser considerada improvável nos dias de hoje, porém no Brasil, o sistema eleitoral usa uma urna considerada em muitos países a prova de falhas.
A criação de um aparelho como esse facilita e muito o processo eleitoral no país que, em comparação com outros países da América do Sul, possui um jeito simples e seguro de organizar a política do Brasil.
Os testes para descobrir se a Urna Eleitoral Brasileira era segura foram muitos e tiveram muitos anos de duração. O ultimo teste realizado contou com a ajuda de hackers que, durante 4 dias, tentaram invadir o sistema de memória do aparelho e não tiveram sucesso.
Podemos concluir que a Urna Eletrônica é uma poderosa arma contra fraudes durante eleições e referendos feitos no Brasil, porém o nosso maior problema em relação a isso é escolher quem realmente fará bem para o país.
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urna_eletr%C3%B4nica_brasileira
http://tecnoblog.net/42371/como-funciona-a-urna-eletronica-brasileira/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Urna_eletr%C3%B4nica.jpeg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Terminal_do_mes%C3%A1rio_-_UE2009.JPG
Nenhum comentário:
Postar um comentário