sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Galvanômetro

[...] O primeiro dispositivo físico a ser usado para detectar a bioeletricidade foi o eletroscópio de palheta, pelo físico italiano Giovanni Mateucci. Ele consistia em um vaso de vidro isolado eletricamente, que continha em seu interior duas finas palhetas feitas de ouro laminado, conectadas a um bastão metálico formando um ângulo entre si. Um pequeno potencial elétrico aplicado ao bastão carregava as palhetas com a mesma quantidade de carga elétrica, fazendo que elas se repelissem entre si. Como resultado, o ângulo entre as palhetas aumentava. No entanto o eletroscópio de palheta não permitia medidas precisas.


Um melhor instrumento de medida foi conseguido apenas por volta de 1820, com o galvanômetro (cujo nome, evidentemente, homenageava Galvani). Ele utilizava o princípio do eletromagnetismo, descoberto por Oersted e Faraday. Consistia de uma bobina enrolada de fio isolado de obre, em volta de um magneto colado à uma agulha. Ao se passar uma corrente elétrica pela bobina, um campo eletromagnético era provocado, o qual interagia com o campo magnético do ímã e fazendo-o girar em torno de um eixo. O valor do desvio da agulha era medido sobre uma escala impressa, permitindo assim uma medida mais exata da corrente ou potencial elétrico. Quanto maior fosse o magneto e a bobina, mas sensível era o instrumento. O cientista suiço-alemão Emil Du Bois-Reymond desenvolveu em 1840 um galvanômetro muito sensível, e que foi um dos melhores instrumentos de medida a serem usados por muitas décadas em experimentos neurofisiológicos. Seu sensível dispositivo necessitava quase 24,000 voltas de fio em sua bobina, com mais de 5 km de comprimento! [...]


Fonte: http://www.cerebromente.org.br/n06/historia/tools.htm

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